Fim do dólar? Acordo Brasil-China promete eficiência com câmbio direto entre real e yuan
- raphaelcarvalhorcr
- 24 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Por Redação LGBTPlus | 23 de outubro de 2024
Acordo elimina o dólar como intermediário e promete maior eficiência nas trocas comerciais
Brasil e China assinaram recentemente um acordo estratégico que permite a realização de transações comerciais diretas entre o real e o yuan. O objetivo é simplificar operações financeiras entre os dois países, reduzir custos e aumentar a eficiência nas transações, sem depender do dólar como moeda intermediária. A iniciativa reflete uma tendência global de diversificação cambial e consolida ainda mais a parceria entre as duas nações.

Facilidades e desafios da nova medida
Com a transação direta, as empresas brasileiras e chinesas terão mais agilidade nas operações e poderão evitar custos adicionais de conversão cambial. A medida pode beneficiar exportadores de commodities e importadores de bens industriais, duas áreas de intensa relação comercial entre os países. Atualmente, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, responsável por uma parcela significativa das exportações de produtos como soja, petróleo e minério de ferro.
No entanto, especialistas apontam para possíveis desafios na implementação. O yuan é considerado uma moeda menos estável e líquida do que o dólar, o que pode gerar insegurança para empresas que precisam lidar com flutuações cambiais mais intensas. Ainda assim, o acordo não impõe obrigatoriedade: cada empresa poderá escolher negociar em dólar ou em moeda local, dependendo de suas estratégias e do contexto econômico.
Alinhamento com a diversificação global
Essa mudança também se alinha ao movimento de vários países em reduzir a dependência do dólar, ampliando o uso de moedas locais nas transações internacionais. Com a possível ampliação da utilização do yuan, espera-se que sua liquidez aumente ao longo do tempo, o que pode tornar essas operações mais atraentes no futuro.
A medida marca mais um passo importante na cooperação econômica entre Brasil e China, oferecendo novas possibilidades para o comércio e reafirmando a relevância das duas economias no cenário global.
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